Diálogo Com A Morte
Este é um livro que me marcou muito, pela humanidade e pelos seus ensinamentos de vida. Relatos verdadeiros sobre doentes terminais, na unidade de Cuidados Paliativos do Hospital Universitário de Paris escritos por Marie de Hennezel, que é psicóloga nesse serviço. Só lendo o livro se pode avaliar o que sabemos sobre a morte o e medo, as transformações que ela causa nas pessoas que sabem que estão a viver os seus últimos dias, quando a medicina já não pode fazer nada a não ser aliviar a dor. Morrer com dignidade, mas que nesses últimos dias mostram o que há de mais humano em cada um. "Diálogo Com A Morte" é sobretudo um louvor á vida, ensinando-nos a viver
Deixo aqui o resumo que está na capa do livro.
“Os que vão morrer ensinam-nos a viver – é esta a mensagem de Marie de Hennezel, ou antes, a razão que a levou a escrever este livro, fruto da sua experiência como psicóloga junto de doentes terminais.
A sociedade ocidental precisa de rever as suas atitudes perante a morte, abandonando o medo e aceitando-a como uma fase do processo de vida. É importante respeitar a dignidade daqueles que se aproximam da morte, fazendo-os sentir humanos até ao fim, partilhar a sua experiência e exigir um encontro significativo com os outros.
Neste livro, Marie de Hennezel diz-nos o modo como nos devemos relacionar com aqueles que vão partir. O que fazer? Como escuta-los? Trata-se de descobrir as transformações profundas registadas diante da morte, «quando existe dor, é certo, mas também doçura, muitas vezes uma infinita ternura». Além do que deve ser «uma ocasião inesquecível de intimidade».”
«Embora conviva quotidianamente com a morte, há vários anos, recuso-me a banaliza-la. Vivi a seu lado os momentos mais intensos da minha vida. Conheci a dor de me separar de quem amava, a impotência perante os progressos da doença, momentos de revolta em face a lenta degradação física daqueles a que assistia, momentos de esgotamento, com a tentação de parar tudo: mas não posso negar o sofrimento e, por vezes o horror que rodeiam a morte. Fui testemunha de imensas solidões, senti a dor de não poder participar de certos desamparos, pois há níveis de desespero tão fundos que não podem ser patinhados»
Marie de Hennezel
«Neste livro de Hennezel encontramos todos os reflexos que julgamos únicos e privados no nosso contacto com a morte. Há dor mas também a doçura da intimidade partilhada. Para ler enquanto se está vivo!»
Maria Manuel Stocker.
P.S. Agradeço ao João Mendes, por ter emprestado, este livro tão cheio de humanidade e densidade emocional.
Prometo oferecer-te um novo pois tenho o hábito de sublinhar e de fazer notas de rodapé.
By Lord Poseidon