quarta-feira, maio 31, 2006

Interrogação


Interrogação

Se eu pudesse fazer o tempo andar para atrás?
Voltar a fazer tudo de novo
Faria tudo diferente
Ou igual?
Cometia os mesmos erros?
Piores talvez?
Seria o que sou hoje?
Estaria onde estou?
Perguntas para a qual não tenho resposta
Penso nisso e não sei?
Quem sabe?
Só eu sei
Interrogo-me
Com exclamações.

By Lord Poseidon

Simbiose


Simbiose

Sangue negro
Corre dos pulsos
Cortados
Pela adaga
Do destino,

Pingado
Gotas de prazer
Dor
Despertar
Delirante
Para a vida,

Espinhos
Dilacerando
A carne
Que me envolve
Na demência
Do existir,

Rasgo
Retalho
A minha alma
Melhor morrer
Do que existir
Vivendo sem significado,

Atiro-me ao lado mais negro
A um lugar
Habitado pelos demónios
Que tanto amo
E odeio
Pacto simbiótico

By Lord Poseidon

terça-feira, maio 30, 2006

Escondido


Escondido

Muramentos de água
Protegem o meu ser
Qual barreira
Invisível
Que me tornam indistinto
Aos olhares,

Escudo
Protecção
Contra o mundo
Defesa do meu ser
Qual espelho
Que reflecte
O que não sou,

Ou sou
Duvidas
Quem esta do outro lado?
Quem sou eu?
Nem eu sei
Quem sabe?

Ninguém
Coração
Insondável
Barco afundado
Pelo mar guardo
Em infindáveis mistérios

By Lord Poseidon

domingo, maio 28, 2006

Desert Rose


Desert Rose

I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in vain
I dream of love as time runs through my hand

I dream of fire
Those dreams that tie two hearts that will never die
And near the flames
The shadows play in the shape of the mans desire

This desert rose
Whose shadow bears the secret promise
This desert flower
No sweet perfume that would torture you more than this

And now she turns
This way she moves in the logic of all my dreams
This fire burns
I realize that nothings as it seems

I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in vain
I dream of love as time runs through my hand

I dream of rain
I lift my gaze to empty skies above
I close my eyes
The rare perfume is the sweet intoxication of love

I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in vain
I dream of love as time runs through my hand

Sweet desert rose
Whose shadow bears the secret promise
This desert flower
No sweet perfume that would torture you more than this

Sweet desert rose
This memory of hidden hearts and souls
This desert flower
This rare perfume is the sweet intoxication of love

Sting


P.S. Para a minha Lady Phoenix que é tão zelosa quanto Hera. Esta musica foi a inspiração para o poema Rosa do Deserto.

By Lord Poseidon

Storm


Storm

How long have I been in this storm?
So overwhelmed by the ocean’s shapeless form
Water's getting harder to tread
With these waves crashing over my head

If I could just see you
Everything would be all right
If I'd see you
This storminess would turn to light

And I will walk on water
And you will catch me if I fall
And I will get lost into your eyes
And everything will be all right
And everything will be all right

I know you didn’t bring me out here to drown
So why am I ten feet under and upside down
Barely surviving has become my purpose
Because I’m so used to living underneath the surface

If I could just see you
Everything would be all right
If I see you
This storminess would turn to light

And I will walk on water
And you will catch me if I fall
And I will get lost into your eyes
And everything will be all right
And everything will be all right

And I will walk on water
And you will catch me if I fall
And I will get lost into your eyes
And everything will be all right
I know everything is all right
Everything's all right

Lifehouse

P.S. Abro aqui uma excepção no meu blog para esta música, dos Lifehouse pois ela me diz muito a minha alma. E publico-a em homenagem a uma pessoa muito querida.

By Lord Poseidon

Corvos


Corvos

Negro
Breu
Penumbra
Absolvição
Sem salvação
Golpe mortal,

Deslembrança
No tempo
Sangue ferve
Volatiliza-se
Efemeridade
Cinzas,

Caixão de chumbo
Selado
Quebrado
Ossos expostos
Aos elementos
Sacrilégio,

Corvos
Gritando
Num frenesim
Bicando restos
De mim
Oxalá que seja assim,

Despojos
Decadentes
Gastos pelos vagas do tempo
Purgatório
Solidão
Absolutamente.

By Lord Poseidon

sexta-feira, maio 26, 2006

Lisboa


Lisboa

Lisboa
Paixão ardente
Varrida por brisas
Cheirando a verão
Vagueio pelas ruas
Qual andarilho,

Ando
Paro
Em esquinas
Vendo a história
Sobre a calçada
Em preto e branco,

Varandas
Plantadas ao sol
Ferro forjado
Entrelaçado em sardinheiras
Lençóis secando ao vento
Docemente cálido,

Alfama
Madragoa
Chego ao bairro Alto
Para matar a sede
Com uma Imperial
Irreal,

Noite cai
Volto a casa
Nostalgia e fado
Enchem as ruelas
Que dormem
Junto ao Tejo.

By Lord Poseidon

Omega


Omega

Omega
Últimos dos penúltimos
O fim
Sem fim
Desfiladeiro abstracto
De pontas cortantes,

Linha do destino
Dois lados negativos
Um final
Outro fim
Qual destes
Não sabemos,

Esquecimento, sopro
De tudo ao desfecho
Pintura desequilibrada
Auto-retrato
Em linhas oblíquas
Formado um omega,

Equação quântica
Irracional
Para definir
O valor de ómega
O fim entre o fim
O princípio ao fim.

By Lord Poseidon

quarta-feira, maio 24, 2006

Rosa Do Deserto


Rosa Do Deserto

Rosa do deserto
Onde o amor é incerto
Nem chuva
Só os cálidos
Grãos de areia
Nas tuas pétalas,

Oásis no nada
Em que no silêncio
Da noite
Ouve-se o bater do coração
Qual rufo
Meigo,

Na obscureza fria
Nascem filigranas
De gelo azul-fino
Quais pingentes
Brilhando a luz de Selene
Nas pétalas rubis

Novo dia
Sol escaldante
Sem sombra a proteger-te
Força de Gaia
Magnânima
Esperança no deserto

By Lord Poseidon

segunda-feira, maio 22, 2006

Idade De Ouro


Idade De Ouro

Do caos
Vem uma nova ordem
Novos deuses
Qual força
Reconstrutora
Do ser,

Das cinzas
Emerge
Esplendorosamente
O existir
E o saber
Dos novos,

Abrindo portas fechadas
Aos ventos
Da sabedoria
Vendo com outros olhos
As criações
Deste novo tempo,

Idade de ouro
Para um futuro
Brilhante
Sem mácula
Onde deuses e Homens
Serão um.

By Lord Poseidon

Ragnarok


Ragnarok

Os quatro estão livres
Sobre as ordens
Do detentor
Do anel dos Nibelungos
Reunido, as hordas
Para o Ragnarok,

Ecoam as trompetas
Por toda a Gaia
Chamamento
Entendido pelos deuses
Qual acorde vigilante
Para um choque de Titãs,

As trevas mais obscuras
Opõem-se a luz
Resplandecente
Feita por todos os panteões
Em fileiras caminhado para a batalha
Na Midgard,

Embate de gigantes
Qual onda rebentando
Contra um penhasco
Onde muitos caiem
Para jamais se erguer
Por uma causa nobre,

Destino escrito
Pelas runas do tempo
Estandarte único
Erguido
Soprado pelo vento
Luz infinita

By Lord Poseidon

sexta-feira, maio 19, 2006

Fim Da Cornucópia


Fim Da Cornucópia

És breu
Que nos consome
E dissolve
Em cinzas silenciosas
De agonia
E ironia,

Fim da cornucópia
A qual fizeste apodrecer
Em cores amarelas
Soprada pelos ventos
Dos três
Em uníssono,

Ninguém te engana
Com histórias
De embalar
Quando um choro
De uma criança
Irrompe pela noite,

Em tuas mãos gélidas
Uma balança
Na qual pesas
O que não tens para dar
Quando o Nilo secar
Com teu beijo mortal.

By Lord Poseidon

quarta-feira, maio 17, 2006

Caixa De Pandora


Caixa De Pandora

Entras sem ser chamada
Vences e perdes
Batalhas
Contra os seguidores
De Hermes
E Hipócrates,

Guerra fria
De armas químicas
Respondendo
A cada criação tua
Feita na noite dos tempos
Sem memória,

No passado venceste
No presente és vencida
No futuro vencerás
Para atormentar
As novas mentes
Com pesadelos infindáveis,

Quem sabe o que nos reservas
O que ainda tens dentro
Da caixa de Pandora
O que há a descobrir a teu respeito
Ninguém sabe
Nem nunca saberá.

By Lord Poseidon

Engenho Negro


Engenho Negro

À tua passagem
Nada fica intacto
Pedra sobre pedra
Pois sangue gera sangue
Impérios se desfazem
E se erguem sobre o teu comando,

Transformas
Seres em bestas
Capazes de cometer
Genocídios
E holocaustos
Uns contra os outros,

No teu caminho
Só existe destruição
És o engenho negro
Das malditas
Criações
Deste universo

Vives do ódio
Qual ser que se banqueteia
Com a desgraça
Fogo em fogo
Intoxicas os pensamentos
Desde os primórdios da Humanidade

By Lord Poseidon

terça-feira, maio 16, 2006

Um Dos Quatro


Um Dos Quatro

Inspiração
Caos
Aniquilação
És um dos, quadro
O fim sem fim
O esquecimento,

Dor para muitos
Esperança para alguns
Que aguardam
A tua vinda
Na perplexidade
Da vida,

Representas
A obscureza
Da alma
Humana
Que muitas vez
Fez o teu labor,

Júbilo para ti
Mestre deste coração
Que seja tanto receber o teu golpe final
Ceifado
Qual seara
Com espigas cheias de trigo.

Chamo por ti
Mas a ampulheta
Ainda não se esvaziou
Oh, quem me dera!
Que isso tivesse
Acontecido a este mortal.

By Lord Poseidon

domingo, maio 14, 2006

Fauno


Fauno

Flauta de Pã
Tocando sons
Incas
Fauno correndo
Sobre prados
Atrás das ninfas,

Inspiração
Exaltação
Para composição
Escrita na clave de sol
Numa pauta
Feita de papoilas,

Soprando
Docemente
Sonâncias
Intemporais
Chamamento á chuva

Caindo cálida
Sobre os relvados
Tornando-se ela
Música arcana
Feita de acordes
Incomparáveis.

By Lord Poseidon

Lord Hades


Lord Hades

Na obscureza
Da minha alma
Habita outro ser
Malévolo, aterrador
Devastador
Lord Hades,

Soberano do mal
Dor, tristeza
Angustia e solidão
Flagelação
Destorcendo a imaginação
Para perversidade, absolutamente,

Abrindo o portal
Infernal do caos
Para este ser
Fazendo da dor
Inspiração
Como uma fumarola tóxica,

Criando sobre mim
Qual dependência
Impossível de vencer
Essência inebriante
Cujo preço é a minha alma
Eterna.

By Lord Poseidon

quinta-feira, maio 11, 2006

Criança


Criança

Criança
Inocente
Mente livre
Imaginação verdejante
Na qual se pode semear
Pensamentos incandescentes,

Brincando
Com uma bola
Seu mundo
Encantado
Sem mácula
Qual sol de prata,

O tempo passa
E não perdoa
Ensinando-te
A dor de viver
Sem nada de teu
Enjaulando-te na matriz

Perdes a inocência
A brancura
Tudo de bom que tinhas
Para tornares-te
Uma marioneta
Sem vida própria,

Fatídico
Destino
Para quem havia
Sonhando
Em alcançar
As estrelas.

By Lord Poseidon

quarta-feira, maio 10, 2006

Enigma


Enigma

No oceano do tempo
Paragem de almas
Perdidas
E esmorecidas
Deste-me mão
Qual chama da vida
Em torno da paixão
Razão pela qual existo
E não desisto
De viver com o teu fogo
Dentro deu meu ser
De água
Qual força
Catalisadora
Que liberta em mim
Torrentes arcanas
Novo começo
De tudo e nada
Em constante transformação
Dois espíritos
Em sublime
União fora de qualquer razão
Para a qual não existe compreensão
Nem distâncias.

By Lord Poseidon

P.S. Estas são palavras para uma pessoa unica em todos os sentidos, só ela entederá o que eu quero dizer nestas minhas linhas

Unicórnio


Unicórnio

Orbito
Outra esfera
Na qual sentimentos
São livres
Sem paradigmas
Ou enigmas,

Liberdade
Sem igual
Para existir
E reinventar
Limbo de pensamentos
Para o qual nós temos a chave,

Paraíso perdido
Sobre o manto
Da Nyx
Na orla
Dos tempos
Mundanos,

Estigma
Do hoje
E do agora
Obre
Com cifra
Unicórnio.

By Lord Poseidon

segunda-feira, maio 08, 2006

Gravidade


Gravidade

Atraído pela gravidade
Do teu ser
Distorção temporal
Sobre as leis da física
Rompendo cada realidade
Em colapso,

Sou envolvido
Em sentimentos
De culpa
Qual sonho
Em que a luz
No pode fugir,

Vou para ti
E ti de não venho
Transforme-me
Em super nova
Indícios que foi
Em outras eras um sol,

Deixo para trás
Todos os que foram
Para me unir a ti
Em união
Celeste
Entre dois anjos caídos.

By Lord Poseidon

sábado, maio 06, 2006

Descida


Descida

Uma descida
À caverna
Onde encerramos
Os medos
E esqueletos
Em rocha sagrada,

Estalactites
Pendentes
De horrores
Que não usamos
Enfrentar
Em pleno dia,

Fossos
Para os quais atiramos
O que desconhecemos
Recantos
Destorcidos
Da loucura,

Cenotes
Onde repousam
Sentimentos errantes
Que vagueiam
Entre mundos
Gritando por absolvição,

No negro
No frio
Pingando dor
Tentamos acender
Um círio
Para os conhecer.

By Lord Poseidon

sexta-feira, maio 05, 2006

Tear


Tear

Tear
Fios enlaçados
Cruzando e entrecruzados
Entrelaçados pela lançadeira
Formando padrões
De um manta,

Linhas sobre linhas
Enredo de vidas
Teia de uma trama
Em cada cruzamento
Um novo encontro
Com o destino,

Tecelão
Emaranhado seres
Como quem faz intrigas
Sem fim
Ou principio
Para tal,

Rede de nós
Em sintonia
Com o viver
Sem poder saber
Com desfazer o que foi feito
Pelas suas hábeis mãos.

By Lord Poseidon

quarta-feira, maio 03, 2006

Binário


Binário

Pedra sobre pedra
Construímos pensamentos
Usando instrumentos
Da intuição
Em cada passo que damos
Em direcção ao que somos.

Erguemos cidades
Mas com um gesto
Desfazemos o que éramos
Reduzindo a nada
O tudo
Com palavras,

Seremos todos, uma
Complexidade
De zeros e uns
Rodas, mecanismos
Binários
Da razão industrial,

Sem lugar para a individualidade
Cópias de um
Original
Correndo freneticamente
De um lado para o outro
Num círculo sem fim.

By Lord Poseidon

segunda-feira, maio 01, 2006

Paradoxo


Paradoxo

Lucidez ou loucura
Inverso
Do mesmo paradoxo
Invertido
Dentro de cada ser
Em simplicidade,

Ambas juntas
São a mesma
Consciência
De seres abstractos
Em cada retrato
Que fazemos de nós,

Reversão do pensamento
Para o primordial
Em linhas curvas
Sobre o tempo
E nas contracurvas
Da vida,

Qual delas
Escolhemos
Apenas temos uma
Delírio em espasmos
Ou a razão sobre
O que somos,

Isso não se sabe
Nem se tem a certeza
Enquanto existirmos
São partes desintegrantes
E intrigantes
Da Humanidade

By Lord Poseidon