Recordações
Livro
Aberto
Folheio as páginas
Leves plumas
Ao sabor das mãos
Lendo pequenas passagem
Como quem alinhava
Uma manta de retalhos
Sublinhado
A lápis negro noite
Em traços finos
Pensamentos e lamentos
As horas desvanecem
A luz esmorece
Os olhos ardem
E o retrato dela
Reluz debaixo
Do fino pó
Memórias entrelaçadas
Na vertigem do entardecer
O frio abalroa os ossos
Em golpes ocasionais
Lembrando o ocaso
Embrulho-me no sono
Do ronronar do Orpheu
Que no coxim
De rendas bilros
Amarelados do tabaco
Dorme
Serenamente
E os pensamentos
Desfazem-se em espuma
Lancinante…
Fotografia cedida por Miguel Silveira
By Lord Poseidon
2 Comments:
Gostei muito da atmosfera evocativa da penúltima estrofe.
Abraço.
FELIZ NATAL, para ti e para os teus!
Um estreito abraço.
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