sexta-feira, dezembro 28, 2007

Desejo


Não sei porque escrevo
Nem porque existo
Desisto
Ao inevitável
Jogo da vida
Miserável

Nada faz sentido
E mesmo que fizesse
Não saberia entender
Dúvida acotovelando-se
Sobre dúvidas
Incompreensíveis aos meros mortais

Desejo amar
E só sei odiar
Desejo partilhar
E não sei dar
Desejo sonhar
E não sei se sei

Vivo no inconstante
Distante
Tento ser que não sou
Preso ao passado
Fico a marcar o passo
Num compasso
Monocórdico

A vida é um veneno
A morte o remédio
Desconfio de mim mesmo
Por instantes
Na incerteza
Que possa acontecer novamente…

Fotografia cedida por Miguel Silveira

By Lord Poseidon

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ilídio? É você?
Para mim esses textos só podem ter uma identidade... Ok, Moro nos Estados Unidos há dois anos com minha família (filhos). Me casei, continuo estudando...Estou feliz!!!
Me escreva, adorei o blog!
amtod_6@hotmail.com
baccio
Ana

7:53 da tarde, janeiro 11, 2008  
Blogger Lord of Erewhon said...

Poderia ser o meu auto-retrato... Não poderias ter arranjado outro tema? :)
Ainda pra mais hoje é aquele maldito dia... em que sabemos que estamos sós... mais o «retorno sms» de ex-namoradas a quem ninguém vai dar uma rosa hoje, etc!!

Acho que me vou oferecer voluntário para onde houver mais tiros... ;)

Abraço!

P. S. Aqui te deixo um convite para uma Casa de amigos. Também podes colaborar... poesia de tema pátrio, por ex.

1:52 da tarde, fevereiro 14, 2008  
Blogger beanabela said...

Apesar de não se achar num poeta, é, na minha opinião, uma grande pessoa, e com muito sentimento, e é isso que torna um poeta ser poeta!

e acredite que:
O tempo faz-nos ver
que o tempo
não tem tempo de nos render.
O tempo vem, o tempo vai!
O tempo não tem tempo para nos conter.

Bom fim de Semana!!

Um abraço amigo

3:52 da tarde, maio 30, 2008  

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