Ausência
Toca um piano
Ao longe notas nostálgicas
Lembrando-me do que somos
Em cada grave e agudo
Sons das lembranças
Meticulosamente guardadas,
Uma carta aberta
Onde lamentas
A tua ausência
Olho pela janela
Vasculhando a noite
Fria sem ti,
E aquele piano que toca no andar de cima
Faz estremecer
A minha alma
Repetindo os meus pedidos
Num solfejo
Lento e melancólico,
Vejo o relógio
As horas passam
A esperança morre
Inclino-me sobre um livro
Procurando aconchego
Mas encontro letras vazias,
O piano toca
E eu espero por ti
Sobressaltado, penso que és tu
Abrindo a porta
Mas não, são apenas as notas de um piano
Ao longe.
By Lord Poseidon
P.S. Para ler ao som da musica do blog da Alice
Só assim este poema faz sentido.
24 Comments:
querido p.
tenho estado a chorar...
A musica da Alice ja conhecia, este blog não...mas esta muito bonito.
O poema está lindissimo e nem palavras tenho para comentar algo sobre ele.
Meus parabens por todo este conjunto.
Alice, desde que colocaste a musica de Craig Armstrong que eu tenho andando sempre a ouvi-la.
Alinhavei os primeiros versos no dia em que ouvi a música.
Já nem lembro quando.
E sempre que abria o word lá estava ele, fazendo-me ir ao teu blog ouvir a fonte da minha inspiração.
E assim nasceu o poema “Ausência” com a tua ajuda.
A minha inspiração vem de várias fonte, uma obra de arte, a minha vida, os amigos, uma música, em suma tudo o que me rodeia
Rescrevi ele cinco vezes e citando o meu amigo João Mendes “um poema é um por cento inspiração e noventa e nove por cento suor”.
Mas neste caso a inspiração veio de ti Alice ao colorares esse excerto de musica.
Por isso não chores e alegra-te.
Beijos de Sal Doce Alice no país das Maravilhas
Kikas muito obrigado pelo elogio.
Bem-vinda ao reino Azul.
Abraços de Sal
Por muito que goste da música do blog da Alice, este poema é bom e vale por si próprio.
:)
Alice a música que tens no teu blog chama-se "Theme From Orphans"
Do album "Piano Works" a informação do site de onde a foste buscar está errada, mas não é nada de mal
Beijos de Sal
Olhar obrigado pelo elogio.
Pode-se dizer que fizemos um trabalho em conjunto.
A Alice escolheu a música e eu fiz o poema com o que ela me transmitia á alma.
Abraços de Sal
Nossa que lindo ... mas de tanta lembrança, de tanta saudade eu não chamaria ausência! Adorei ...
belissimo :)
Dreams o teu plágio para mim é uma honra.
Beijos de Sal
querido p.
confesso que tenho saudades da moderação de comentários no teu blog, sobretudo agora que queria dizer-te imensas coisas, mas só a ti...
quero agradecer o teu comentário no meu blog e a delicadeza da oferta do primeiro verso deste poema que adoro e que fica no meu coração
quero agradecer também as palavras que me diriges aqui no teu post, o nome da música está de facto incorrecto, mas adoro o filme e a neve ao som do piano
permite-me discordar de ti, o mérito do poema é todo teu e apenas teu, a música é sem dúvida uma fonte de inspiração, muitas vezes escrevo a ouvir música, já me aconteceu fazê-lo a ouvir músicas de blogues, inclusivé, mas o facto de esta música estar no meu blog e ter-te inspirado é mera coincidência, eu nada fiz para que esta harmonia de palavras assim ficasse escrita, nada, nada, nada!
ontem fiquei muito comovida quando li o poema e vi o link e senti o carinho com que fizeste o post e não consegui raciocinar, mas hoje reitero que o dom é só teu, tu é que escreveste, reescreveste, tiveste a imaginação e o suor...
esta parte da conversa dava pano para mangas, talvez um dia seja possível trocarmos impressões sobre isso, fiquei com vontade de te conhecer melhor
um beijo enorme e imenso e azul
obrigada por tudo
beijinhos
alice
Ai, ai, Lord Poseidon...
Serve a Poesia, não te sirvas Dela...
Não me refiro à qualidade do poema, claro.
Abraço.
E anda assim tantas vezes as notas do piano são mesmo a melhor companhia.
Grata pela amabilidae das tuas palavras lá pelos Instantes... sou uma aprendiz e uma amadora no verdadeiro sentido de quem ama a escrita. Mas fiquei feliz com o teu comentário.
Um enorme beijo.
Klatuu sempre a dar machadadas onde elas não existem.
Abraços de Sal
Alice o dom pode ser meu
Mas a música é tua
Penso que assim esta melhor
Para uma conversa que dava pano para mangas
Que tal café e canela.
Beijos de sal Alice no país das Maravilhas
Clarissa as tuas descrições são soberbas
E ao contrário do que dizes para mim tu não és nenhuma amadora.
Pois escreves lindamente.
Pensa nisso
Beijos de sal doce Clarissa
Amigo Poseidon,
Sem duvida tocas-te a minha alma.
Belo poema mesmo e as notas doces do piano fizeram-se ouvir aliadas nas tuas palavras.
Beijos de Luz,
Herenya Na!
O sobressalto. O coração que bate disparado rasgando a garganta em sufoco. O querer acreditar que sim e tentar apaziguar em vão as borboletas que atormentam o estômago.
A melodia que alimenta esperanças... a melodia que está sempre presente em sopros encantados.
Infelizmente trabalho em ambiente MAC, e nem sempre consigo abrir certas aplicações. Qualquer das maneiras escolhi eu mesma uma musica e dei-lhe um outro sentido. Espero que não te importes...
sorriso encantado...
querido p.
insisto: a música não é minha! é do seu autor e de quem a ouve...
uma boa conversa com café e canela é um óptima ideia, sem dúvida ;)
não imagino a distância que nos separa, mas talvez um dia aconteça
eu postei uma foto de minha casa no blog, tu já sabes onde estou ;)
bom fim de semana, p.
beijo doce
alice
(e tomara eu estar no país das maravilhas, mas toda a vida ouvi isso e nunca senti, infelizmente)
bigada pelo teu carinho
tchau
Já há muito que ando nisto das Biloguises,mas um Blog de tao bom gosto já nao via á Tempos.
Parabens...Adorei!
Torno a voltar
Obrigado pelo elogio Pexeseco
E bem-vindo ao Reino Azul
:)
Meu caro, gosto muito do teu blog! Desde o fantástico layout às tuas palavras sentidas... parabéns e bem hajas.
LINDO...
sem dúvida...hoje purifico a minha alma...
*beijos*
"Arranhei a alma
até que
a tua ausência
sangrasse os
meus poros.
Tentei desconceber-te
em mim,
desguardar-te
dos meus sonhos,
desfazer
os laços,
desmistificar
as trevas,
desmentir
segredos e
desnudar
os medos.
E destrocei
o peito,
destilei
venenos,
desaguei
mágoas
e desabitei
os sonhos.
Inútil.
Intacto e inteiro
permaneces."
Ofereço-te algo que ha algum tempo atras escrevi no meu espaço..
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