segunda-feira, dezembro 11, 2006

Salvados


No silêncio das águas
Despedaçado pelo cantar
Dos gigantes azuis
Jaz um batel
Envolto em coral
Moreias e cardumes
Brincando á sua sombra
Afundo-me vagarosamente
Onde o azul é azul
Entro sem bater
Para recuperar memórias
Guardadas no porão
A luz translúcida revela
O passado como um quadro surreal
Sinto o tempo correr
Abro arcas libertando
Um nevoeiro que se dissipa
Revelando cartas
Retratos peças de um puzzle
Que tento salvar do esquecimento

By Lord Poseidon

1 Comments:

Blogger Klatuu o embuçado said...

O pequeno batel era para Camões a lírica... Gostei da imagem que estrutura o poema: de facto, palavra e esquecimento é o paradoxo do poeta e da poesia.

Abraço.
P. S. Espero que as coisas tenham melhorado um pouco por aí.

9:28 da tarde, dezembro 11, 2006  

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